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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Os Pais na Prevenção ao Uso de DROGAS

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Existem adolescentes cujos pais só descobrem que estão usando drogas depois de um ou dois anos. É preciso falar muito sobre drogas, mas o mais importante é o posicionamento perante o assunto, ou seja, os valores pessoais, familiares, sociais e até religiosos, caso o adolescente seja religioso. O essencial é conhecer os valores do filho, para conduzir adequadamente a conversa. É necessário evidenciar os prejuízos que as drogas provocam, sobretudo do ponto de vista do jovem. Quanto mais se conhece um problema, mais condições se tem de enfrentá-lo.
O uso de drogas pode representar um período crítico para a família e desestabilizar sua rotina. Se não forem, portanto, compreendidos e trabalhados os motivos dessa crise, dificilmente a família vai conseguir superá-la. Faz parte da filosofia educativa familiar alguns pontos que merecem reflexões mais profundas e que podem ajudar no combate ou na prevenção de conflitos:
· Preservação da autoridade dos pais, considerando que pais são pais e filhos são filhos. Não é possível uma boa educação se existir confusão de papéis. Trata-se de autoridade, não de autoritarismo ou abuso de poder econômico, físico e mental. Com autoridade se estabelecem limites e compromissos, ao mesmo tempo que se ama os filhos, provendo-os nas suas necessidades.
· Estabelecimento e execução de padrões comportamentais para o bom andamento coletivo da família, sem massacrar nenhum dos integrantes.
· Responsabilidade em se cuidar e, em vez de agredir e rejeitar, cuidar daquele que mais precisar de ajuda.
· Respeito à individualidade de cada um, privilegiando e exercitando os pontos positivos e não criticando os negativos. Ninguém é igual a ninguém, e as características individuais devem ser preservadas.
· Cobrança dos integrantes familiares em relação aos compromissos assumidos. Todos devem ter suas funções, e cada um deve desempenhá-las dando o melhor de si. A irresponsabilidade de um não deve sufocar o outro. O filho, arrumando seu quarto, não sobrecarrega a mãe, por exemplo.
· Responsabilidade com os remédios, que precisam ser tomados quando (e somente quando) receitados pelo médico para tratamento de doenças, sobretudo os tranqüilizantes, soníferos e remédios de regime. À mãe cabe dar o xarope porque a criança está com tosse, e não porque é gostoso. Crianças que tomam remédios porque é gostoso podem, futuramente, drogar-se porque também é gostoso.
· Mudanças nas regras da privacidade quando houver suspeita do uso de drogas. É mais saudável romper a privacidade e enfrentar o problema, em vez de ignorar o que de fato está acontecendo. Nessas condições, os pais têm o direito e o dever de “invadir o espaço” de seus filhos para preservar-lhes a saúde, pois, raramente, um filho admite a seu pai ou mãe que está usando drogas. Vale, então, revistar o quarto do rapaz, a bolsa ou a agenda da menina; o que não vale é usar a droga como pretexto para vasculhar a vida dos filhos.
· Cuidado redobrado quando se mora em condomínios. Os jovens costumam usar esse território particular como refúgio para se drogar. Acham que estão livres dos pais e da polícia.
No entanto, quando o filho já se envolveu com drogas, é importante partir para a prevenção secundária, isto é, impedir o progresso do uso de drogas e tratar suas complicações. Nessa fase, é preciso buscar ajuda de pessoas especialmente preparadas, como psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, integrantes ativos de grupos anônimos de mútua ajuda, como NARCÓTICOS ANÔNIMOS, ALCOÓLATRAS ANÔNIMOS ou AMOREXIGENTE.
Quem está realmente interessado em resolver o problema, vai, com certeza, encontrar uma opção. Renunciar ao tratamento por não encontrar quem o trate, é comodismo e acomodação. Como a prevenção secundária é ativa quando já falhou a primária, é pouco provável que a família consiga algum resultado se se propuser a cuidar sozinha do próprio filho nesta fase. Mesmo porque o desajuste pode estar na família, sendo o drogado nada mais que o sintoma mais aparente desse desajuste. Normalmente, a família e o drogado necessitam de ajuda simultânea, e os tratamentos desse tipo são muito mais eficientes.
Sinais do consumo de drogas
Os pais podem perceber sinais que indicam a tendência de que seus filhos estão consumindo drogas. Não se pode esquecer que alguns destes comportamentos são próprios da adolescência! Entretanto, devemos ficar atentos se observarmos em nossos filhos estas mudanças:
• Trocar de amigos.
• Adotar novas maneiras de comportar-se e de falar.
• Não levar os novos amigos para casa.
• Mudar a maneira de vestir e o tipo de música.
• Afastar-se da família e dos velhos amigos.
• Mudar o horário de chegar em casa.
• Perder o interesse do que fazia antes.
• Mudar a personalidade (irritado, indiferente, apático).
• Cair seu rendimento escolar.
• Dormir muito ou quase nada.
• Pouco interesse pelos estudos e passatempos sadios.
• Tornar-se mentiroso, evasivo e manipulador.
As mudanças repentinas no modo de agir dos filhos devem despertar a atenção dos pais.
Alguns indícios do consumo de drogas:
• Se, entre os pertences ou roupas do adolescente, aparecem pastilhas, resíduos de folhas, sementes, papel para fazer cigarros de maconha ou cachimbos para fumar.
• Odor de incenso ou outra fragrância para despistar.
• Olhos avermelhados, pupilas dilatadas (menina dos olhos).
• Risadas sem causas aparentes.
• Comportamento agitado.
• Apatia, desencanto, desânimo, desassossego.
• Tosse intensa.
• Esquecimentos, falta de atenção e concentração.
• Furto de dinheiro e objetos em casa.
• Posse de muito dinheiro e objetos caros (Origem duvidosa).
• Dificuldade para falar, balbuciar.
• Mania de perseguição.
• Isolamento.
• Falta ou Excesso de apetite
• Náuseas, Vômitos, Diarréia, Tremores
• Descobrir em tempo o consumo de drogas pode evitar que o jovem caia num abismo, do qual talvez nunca possa sair.
Descobrir em tempo o consumo de drogas pode evitar que o jovem caia num abismo, do qual talvez nunca possa sair.
Como agir se descobrir que seu filho está usando drogas:
Uma intervenção dos pais na hora certa e da maneira adequada pode evitar que seus filhos se tornem usuários, porém também uma intervenção pode empurrá-los ainda mais para as drogas.
Se você comprovar que seu filho usa drogas, o melhor é…
• Enfrentar o problema e não o negar.
• Controlar sua raiva e ressentimentos.
• Não agredir seu filho nem por palavras (maconheiro, vagabundo, marginal, inútil) nem por ações.
• Dialogar com ele abertamente sobre como chegou a isso. Não se violente por nenhum tipo de resposta que seu filho lhe dê.
• Demonstrar claramente seu desejo de ajudá-lo a sair do problema e que o problema é dos dois. Manter um clima de afeto e compreensão mas sem transigir com as drogas.
• Procurar orientação e ajuda especializada em tratamento de drogas.
Fonte: ONG Brasil Sem Grades

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